O fotógrafo italiano Alessio Moiola conhece como poucos a valentia dos auás-guajás, um dos últimos povos nômades do Brasil e em risco de extinção. As imagens que ilustram este ensaio foram realizadas em 2000. Há mais de quinze anos suas lentes registram os passos dessas pessoas que vivem sob a constante ameaça de fazendeiros e madeireiras. Missionário comboniano e "amante profissional" da fotografia, Moiola prefere o preto-e-branco para documentar histórias de lutas e esperanças do povo maranhense. "Porque consegue reunir ao mesmo tempo a beleza dos personagens e a realidade crua em que eles vivem", explica. Além dos auás-guajás, ele se deteve nas lidas das quebradeiras de coco, sem-terra e pequenos camponeses, quando dirigiu a Comissão Pastoral da Terra do Maranhão, no começo dos anos 90. Atualmente vive e trabalha em sua terra natal. Em Verona, no norte da Itália, dirige o Museu Africano, referência nacional em matéria de documentação iconográfica dos povos africanos.
Por Alessio Moiola
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