quarta-feira, 2 de março de 2011

Currículo Pedagógico

Infelizmente quando se fala de currículo os educadores em sua maioria lembram-se de conteúdos específicos de suas disciplinas. O que é um grande problema não só para os alunos deficientes como para todos.
            Todos os seres humanos acabam se interessando mais por um assunto do que por outro, isto faz com que a dedicação e velocidade com que se aprende esses temas de interesse seja maior do que as de menor interesse. Então um professor preocupado, dedicado, simplesmente torna esses assuntos agradáveis aos sentidos de seus educandos. Mas como fazer isso quando estamos falando de diversidade? Se realmente respeitarmos as diferenças não basta adaptar conteúdos para a realidade da maioria, sempre haverá alguns que serão excluídos.
            Há que se pensar na possibilidade de se trabalhar de maneira dinâmica e não engessada. Criar um plano de ensino que não se altera durante seu cotidiano é o primeiro erro. Trabalhar com educação é trabalhar com seres humanos e isto significa diversidade, mentes pensando em velocidades diferentes, de maneiras diferentes etc.. Portanto, os objetivos de um plano de ação não podem ser “conteudista” e únicos, não se pode esperar que todos os alunos obtenham as mesmas respostas, o mesmo entendimento sobre determinado assunto.
            Então serão jogados planos de ensino e conteúdos no lixo? Claro que não. A grande questão é o foco, se o profissional de ensino focar em habilidades, atitudes e os conteúdos específicos forem sendo acrescentados como um “tempero” à este processo de aprendizagem, o resultado será bem diferente. Quando se faz uma aula com leitura, por exemplo, todos os alunos executam essa tarefa, cada um a sua maneira, alguns a fazem até de maneira auditiva mas a fazem. Portanto, o papel do professor agora é orientá-los dentro de suas possibilidades para uma melhor compreensão daquilo que foi lido.
            Sendo o currículo a “estreita ligação com o processo do desenvolvimento da sociedade...”[1] ele deve contemplar antes de mais nada, o respeito a vida, a diferença e não só a tolerância mas a valorização. Pois, de que adianta um aluno conhecer equações, operações matemáticas complexas, fórmulas de Química ou Física e ser machista, homofóbico, ou ter qualquer outro preconceito do tipo?


[1] Apostila FGF “Currículo Concepções Atuais” P.09

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