sexta-feira, 6 de maio de 2011

Hassane Kouyaté no SESC


Hassane Kouyaté

De 17 a 22 de maio, o contador de histórias, ator, músico, dançarino e diretor de teatro Hassane Kouyaté, filho do griot e ator Sotigui Kouyaté, compartilha sua experiência com grupo de atores selecionados e também com o público no palco do SESC Ipiranga.


ingressos: Grátis - livre para todos os públicos

Narração de histórias
22/5 - domingo, às 18h
SESC Ipiranga
R. Bom Pastor, 822- tel.: 3340-2000
Grátis - livre para todos os públicos

Nascido no Burkina Faso, na África, Hassane Kassi Kouyaté teve sua aprendizagem dentro de uma família de griots, sendo estes os "senhores da palavra" e responsáveis por transmitirem a genealogia do continente africano para o povo. Ainda hoje eles atuam no equilíbrio da sociedade, são mediadores entre famílias e casais e com a palavra vivem de louvores que endereçam aos poderosos, das narrações históricas que declamam nas festas, dos contos morais que contam ou cantam por ocasião das cerimônias em que participam ou dos serviços que oferecem quando intervêm em conflitos.




Hassane atuou em várias companhias africanas e tem atuado em vários teatros europeus, como diretor de companhias e ator de seus projetos e como convidado. Atualmente é diretor artístico da companhia Dois Tempos Três Movimentos, em Paris.



Do dia 17 a 21 de maio, Hassane conduz oficina no SESC Ipiranga explorando práticas coletivas e individuais em trabalho com o texto Rei Lear, de Shakespeare. Nos encontros, o griot lida com a arte de narrar e com o aprofundamento da escuta, das relações entre tempo, ritmo e palavra, corpo e palavra, cena e público. Destinada a atores com experiência comprovada, as inscrições estão abertas até 1º/5.



Para quem quer tomar contato com a arte de Hassane Kouyaté, no dia 18 de maio acontece o Encontro com o griot, com abordagem sobre tradição e a vida em Paris e em bobo Dioulasso, no Burkina Faso – onde dirige a Casa da Palavra, Centro Regional das Artes da Narrativa e da Literatura Oral. No dia 22 de maio é a vez do griot demonstrar a arte da narrativa em espetáculos. Os encontros, com tradução consecutiva, são gratuitos com retirada de ingressos até o dia 10/5.

Percurso profissional de Hassane Kouyaté




• Como diretor:

- Uma Iíada de René Zandh

- Colonel Barbaque de Laurent Gaudé

- Maître Harold d’Athol Fugard

- Paysage sur fond de merengue (spectacle théâtral et musical à Onex en Suisse)

- DJAMA Buren (dividindo a direção com Daniel Buren e Dan Demuynck)

- L'Humanité plage de Stanislas COTTON

- En attendant Godot de Samuel Beckett, que tinha seu pai Sotigui Kouyaté como ator.

- La noce chez les petits Bourgeois de Bertold Brecht

- Les Mouches de Jean Paul Sartre

- Caravansérail des conteurs (para o Ano da Francofonia ma França e na Suíça)

- Abribus de Laurent Van Wetter

- Da Monzon

- La racaille

- Le Papalagui (para o Festival das Francofonias em Limoges)

- Le maître de musique (criação com 200 mísocos e dançarinos para a Mission 2000)

- Pourquoi les couples sont ceux qu’ils sont ?

- Moi je veux faire du cinéma de Jean Sommer (dança)

- La spiruline

- La bibliothèque dans tous ses états



• Como Formador:

Kouyaté coordena estágios de formação em diferentes países da Europa, África, Ásia e América Latina. É diretor Pedagógico da Escola de Teatro de Nápoles (Itália).



• Como Ator em Teatro

Participa de diferentes criações na França, Itália, Suíça, Alemanha, Senegal, entre outros. Atuou em:



- Bab et Sane, direção de Jean Yves Ruff (Théâtre de Vidy Lausanne)

- Le ciel est vide, direçao de Bernard Bloch (Théâtre Berthelot)

- Monné, direção de Stéphanie Loïk (Théâtre du Labrador)

- Mokhor, direção de Philippe Morand (Le Poche Genève)

- Sozaboy, direção de Stéphanie Loïk (Théâtre du Labrador)

- L'épopée Bambara de Ségou (Cie Deux temps trois mouvements)

- Le Pont, direção de seu pai Sotigui Kouyaté (Théâtre de Nanterre les Amandiers)

- Métamorphoses (Cie InterScène)

-Trahitions (Centre Djéliya à Bobo et Paroles)

- Le Costume de Can Themba, direção de Peter Brook (Théâtre des Bouffes du Nord)

- Le Ventriloque, direção de Larry Tremblay (Théâtre international de langue française)

- Le Lien du sang, de Athol Fugard (espace Kiron Paris)

-Soundjata (Théâtre Spirale)

- Pourquoi ? Comment ? (Francophonie Limoges)

- La fable du cloître de caya Makhélé (Théâtre Spirale)

- Les Troyennes d’Euripide (Théâtre du Binôme)

- Congrés des griots à Kankan de Francis Bebey (Arcodis, Genève)

- Voyage en Barbarie de Valérie Poirier, Neuchâtel

- La légende du Wagadu (Attroupement Deux)

- L’île aux milles saveurs (Compagnie TAO)

- Le chant de la vallée du paradis de Monique Stalens (Théâtre du Volet fermé)

-Taba Taba de B-M. KOLTES (Théâtre du Volet fermé)

- Naissances (Théâtre Spirale)



• Como Ator em Cinema

- Saharaounia et Lumière noire, de Med Hondo

- Histoire d’Orokia, de Jacques Oppenheim

- Le pari de Bintou, de Kristen Riberholdt

- Sans Souci, de Jean-Michel Isabel

- Macadam tribu, de José Laplaine

- Saraka bô, de Denis Amar

- A neuf, de Hakim Salem



• Na área do Conto

Hassane Kouyaté trabalha sobre o conto realizando espetáculos, adaptações, coordenando estágios, cursos e oficinas/ateliês. Apresenta-se como contador em escolas, faculdades, bibliotecas, midiatecas, festivais e teatros, tanto na França onde vive atualmente, quanto em outros países.



• Criações e concepções de eventos culturais e artísticos

Kouyaté criou a companhia Dois Tempos Três Movimentos que produz e organiza eventos culturais e artísticos em colaboração com prefeituras, festivais, coletivos, empresas, associações e artistas. Realizou, entre outros :



- Criação do Centro Sociocultural Djéliya de Bobo-Dioulasso (Burkina Faso).

- Criação da Maison de la Parole (Centro regional das Artes da Narrativa e das Tradições Orais) em Bobo-Dioulasso (Burkina Faso)

- Criação do Festival Africano de Ris Orengis em colaboração com a Funansonbule

- Criação do Festival Internacional de conto, música e dança (YÉLEEN) – anual - de Bobo- Dioulasso (Burkina Faso)

- Criação do Carnaval das Crianças em Bobo-Dioulasso (Burkina Faso)

- Diretor artístico do Conto do Festival Francophone na França.

- Concebe a dramaturgia da direção cênica de “L’arbre à Palabres”, para a Expo Universelle 2000 em Hanover, CILSS.



Hassane Kouyaté participa também do comitê de leitura das Francofonias de Limousin, França, e é membro do conselho de administração de escritura Vagabonde.

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